Arrecadação de ICMS em
SP cresce 7% nominais, abaixo do previsto
Por Marta
Watanabe | De São Paulo
A
arrecadação do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do Estado
de São Paulo no acumulado de janeiro a julho, na comparação com o mesmo período
do ano passado, teve crescimento nominal de 7%. A informação foi dada ontem
pelo secretário de Fazenda estadual, Andrea Calabi. O desempenho, disse, apesar
de melhor que o de tributos correlatos federais, como o PIS e o Cofins, está
abaixo do orçado. A previsão era de crescimento nominal de 9%
A diferença,
segundo explicou Calabi, deve-se a um crescimento econômico menor que o
estimado. "Em vez de crescimento de 4% do Produto Interno Bruto (PIB)
teremos elevação de 2%", disse. O desempenho, porém, não afeta a
estimativa de investimentos.
Calabi
mantém a previsão de R$ 80 bilhões de investimento nos quatro anos do governo
Geraldo Alckmin (PSDB).
O desempenho
mais fraco das receitas neste ano demandará cortes nos gastos de pessoal e
custeio para cumprimento da meta de resultado primário. A ideia é que os
investimentos sejam mantidos. O que pode acontecer, disse o secretário, é que
em vez da média de R$ 20 bilhões, em 2012 a aplicação fique em R$ 18 bilhões.
Mas a diferença de execução será recuperada em 2013.
O
vice-governador paulista, Guilherme Afif Domingos (PSD), informou que as
mudanças no tratamento tributário das Parcerias Público Privadas (PPP),
veiculadas via medida provisoria na semana passada, já serão levadas em
consideração próximos projetos desse modelo no Estado.
Segundo ele,
o aporte estadual no projeto da linha 6 do metrô já deve considerar as novas
regras tributárias, inclusive o impacto da nova forma de tributação do
PIS/Cofins na cobrança do ICMS. Com a MP, diz Afif, a redução de custo
tributário sobre as contrapartidas estaduais de investimento é superior a 30%.
Segundo
explicou Afif, projetos como a construção de hospitais e de mobilidade urbana,
como o trem expresso metropolitano, deverão ser os mais beneficiados com a
medida.
Fonte: Valor
Econômico
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