ICMS unificado
beneficiaria 20 Estados
Por Ribamar
Oliveira | De Brasília
Estudo feito
pelo Ministério da Fazenda mostra que 20 dos 27 Estados (incluindo o Distrito
Federal) ganharão com a unificação da alíquota do Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços (ICMS) em 4%. Nas projeções da Fazenda, até mesmo São
Paulo, o maior exportador do país, ganhará com a mudança. Também Minas Gerais e
o Rio de Janeiro serão ganhadores. Os Estados perdedores serão Amazonas,
Espírito Santo, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina.
Para que a
mudança possa ocorrer, a União terá que arcar com as perdas desses sete Estados
durante a transição, que pode durar até oito anos. O secretário-executivo do
Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, disse, no entanto, que a União não
aceita compensar integral e permanentemente essas perdas, inclusive porque
parte dos prejuízos que o estudo aponta não é real, pois ele não considerou os
benefícios tributários concedidos.
Se a
transição para a alíquota interestadual de 4% for de oito anos, o estudo do
Ministério da Fazenda estima uma perda de R$ 2,1 bilhões no primeiro ano. Essa
perda aumenta ao longo do tempo, chegando a cerca de R$ 13 bilhões no último
ano de transição. Barbosa observou que o estudo foi elaborado antes da
aprovação da resolução do Senado que unificou em 4% a alíquota interestadual
aplicada aos produtos importados, o que acabou com a chamada guerra dos portos.
O governo federal já está compensando os Estados que perderam com essa mudança,
o que altera o cálculo da perda total com a unificação da alíquota do ICMS em 4%
para todos os produtos.
O
secretário-executivo da Fazenda admitiu, no entanto, que ainda não há acordo em
torno da unificação da alíquota interestadual do ICMS. Alguns Estados querem
manter duas alíquota, de 4% e 7%. Atualmente, elas são de 7% e 12%. Para tornar
possível um acordo, o governo sugere que a unificação da alíquota em 4% seja
feita em quatro anos para São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e os Estados
do Sul e em oito anos para os Estados no Norte, Nordeste, Centro-Oeste e o
Espírito Santo.
Barbosa
admitiu que o espaço fiscal para a União arcar com a transição é pequeno, neste
momento em que o Orçamento de 2013 está sendo definido. Ele acredita que o
problema pode ser minimizado com o prazo maior para a transição.
Em evento em
São Paulo, o coordenador do Confaz, Cláudio Trinchão, disse que, apesar de já
terem sido feitas 13 reuniões sobre o assunto, vai demorar até que os Estados
cheguem a uma decisão unânime sobre a unificação das alíquotas de ICMS.
(Colaborou Bárbara Mengardo, de São Paulo)
Fonte:> Fonte: Valor Econômico e Fenacon
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