Micro e pequenas empresas
têm dificuldade em adotar ponto eletrônico
A portaria
do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) que obriga a categoria a implementar
o equipamento começou a valer ontem.
Raissa
Ebrahim
As micro e pequenas
empresas (MPEs) estão tendo dificuldade na hora de adotar o ponto eletrônico. A portaria do Ministério do
Trabalho e Emprego (MTE) que obriga a categoria a implementar o equipamento
começou a valer ontem.
“O custo é alto para os
empresários de menor porte. A obrigatoriedade vem justamente num momento em que discutimos com o
governo a facilitação do setor. Desde a crise econômica mundial de 2008, são as
micro e pequenas empresas têm sido as maiores responsáveis pela geração de
emprego no Brasil”, defende o presidente da Federação das Associações de
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Femicro), José Tarcísio da Silva.
Segundo dados divulgados ontem pelo Sebrae Nacional, as MPEs foram
responsáveis, em julho, por 77,3% do saldo líquido de empregos gerados no País.
Pela
portaria 1.510, editada em 2009, quem tem até dez empregados fica isento de
implementar o sistema. Quem possui mais de dez funcionários pode escolher entre
o ponto manual e o mecânico. Pernambuco conta hoje com 190.751 registros no
Simples Nacional, como mostram os últimos números, de 31 de agosto deste ano.
“Não temos a mensuração exata de quantas dessas empresas possuem 10
funcionários ou mais. Nacionalmente esse percentual fica entre 30% e 35%”,
calcula Tarcísio.
“A medida é
uma maneira de o ministério ter um controle maior das jornadas de trabalho, mas
é preciso pensar que a relação entre empregado e empregador é muito flexível no
segmento, diferente de grande empresas e multinacionais. Além disso, nada foi
discutido em relação a possibilidades de financiamento. Muitos empresários
estão sendo obrigados e pegar empréstimos bancários”, complementa. O preço
médio do aparelho, de acordo com o MTE, é de R$ 2.850.
Segundo a
Associação Brasileira das Empresas Fabricantes de Equipamentos de Registro de
Ponto (Abrep), 400 mil companhias em todo o País estão obrigadas a utilizar o
aparelho, sendo 90% delas de pequeno porte. Mas, ao todo, apenas 130 mil
compraram o sistema até a semana passada.
Essa foi a
terceira e última etapa do processo de implantação, que começou no dia 2 de
abril, quando passou a vigorar para empresas do varejo, indústria e setor de
serviços, seguidos de das empresas dos setores agrícola e agropecuário. Ao
todo, foram cinco adiamentos até que finalmente passasse a valer a portaria.
Fonte:
Jornal do Commercio
As matérias
aqui apresentadas são retiradas da fonte acima citada, cabendo à ela o crédito
pela mesma.
Fonte: contadores.CNT
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