NA PRATICA, O e-SOCIAL JÁ COMEÇOU.
Desde a última sexta-feira (29-11), empresas podem
checar dados trabalhistas de seus colaboradores nos cadastros oficiais, mas o
cronograma geral de implantação ainda preocupa
Embora a nova sistemática entre em vigor
oficialmente a partir de 1º de janeiro de 2014, já está disponível no portal do
projeto a “Qualificação de Cadastros”, ferramenta destinada à checagem das
informações relativas a milhões de trabalhadores envolvendo Receita Federal,
INSS, Caixa Econômica Federal e Ministério do Trabalho e Emprego.
O objetivo é verificar se as informações constantes
nesses acervos estão aptas a serem utilizadas no eSocial. Corrigidas
previamente, as falhas cadastrais devem mitigar possíveis brechas para crimes
apoiados em informações falsas, diminuindo também o fluxo de dados para
correção no momento da implantação.
A funcionalidade foi disponibilizada em 14 de
novembro, por acesso manual via portal (www.esocial.gov.br), e na última sexta-feira
(29) também ficou acessível o módulo de \”Qualificação on-line\”, que permite a
checagem de possíveis inconsistências por meio de até dez consultas
simultâneas.
“Esta fase preparatória é crítica, pois se as bases
de dados não estiverem previamente saneadas, o sucesso de todo um trabalho pode
ser comprometido”, avalia Mauro Negruni, diretor de serviços da Decision IT e
membro do projeto-piloto do eSocial.
Segundo ele, os empregadores podem exercer o papel
de facilitadores para a descoberta de inconsistências, mas as retificações
deverão ser realizadas pelo próprio beneficiário. “O trabalhador deverá se
dirigir ao órgão que apontou as eventuais incoerências, munido de documentação
para eliminá-las”, explica.
Dentre as inconsistências mais comuns estão a
permanência de falecidos nos sistemas, solicitação múltipla de benefícios,
vários cadastros referentes a uma única pessoa e falsidade ideológica, além dos
erros meramente de digitação.
“Não há dúvidas quanto à melhoria que haverá na
qualidade dos dados dos trabalhadores, contribuindo com isto para a eliminação
de esquemas montados para fraudar órgãos do Estado. Os prazos estimados, porém,
estão longe da razoabilidade para a execução de tamanho esforço por parte de
toda a sociedade, que é a maior interessada nos resultados do projeto”,
ressalva Negruni.
Fonte: FENACON
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