Profissão contábil já sente reflexos
das inovações tecnológicas
Os contadores devem ser os principais interessados
em otimizar os processos, avaliam os membros da Comissão de Tecnologia da
Informação do Conselho Regional de Contabilidade (CRC/RS) Clóvis da Rocha e
Ricardo Kerkhoff. Para eles, a facilidade no preenchimento, armazenamento e
entrega de informações resgata a “essência da profissão”: o controle do
patrimônio das organizações.
“Antes nos preocupávamos mais em cumprir as
obrigações para o fisco do que em ajudar o cliente a administrar o seu negócio.
Agora deixaremos de ser aqueles burocratas que simplesmente replicam as
informações que chegam ao escritório para atuar justamente na gestão e no
assessoramento”, prevê Rocha. Contudo, as mudanças tecnológicas também devem
exigir mais investimento em qualificação e, principalmente, ânimo para
acompanhar as novidades.
Conforme estimativa da Receita Federal, divulgada
em 2011, cerca de 40% dos profissionais de contabilidade deixariam de prestar
serviço no mercado nos anos seguintes por não conseguirem acompanhar o grande
desenvolvimento tecnológico. Para Kerkhoff, os números podem ser ainda maiores,
já que muitos profissionais estagnaram.
Crucial para o trabalho dos contadores em processos
empresariais, o investimento em TI faz parte dos planos de apenas 8% dos 1.416
entrevistados de todo País, segundo dados da pesquisa “O impacto do eSocial nas
empresas contábeis”, promovido pela Wolters Kluwer Prosoft, provedora de
softwares fiscais, contábeis e de recursos humanos.
Kerkhoff garante que a mudança de
paradigma na profissão é necessária e que basta encarar a realidade e ter
interesse em se atualizar para continuar no mercado. “A tendência é que a
procura por contadores seja até maior, graças a todo esse cruzamento de
informações”, completa Rocha, salientando que a tecnologia não pode ser vista
como ameaça, mas como uma grande oportunidade para a atuação.
Fonte: SpedNews
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