Pequenas empresas podem ficar isentas
de tributos federais
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abnor gondim - agências
As micro e pequenas empresas
incluídas no Simples Nacional podem ficar isentas do pagamento de tributos
federais, nos quatro primeiros anos de atividade. A medida está prevista no
projeto de lei complementar (PLP 113 de 2011) do deputado Alfredo Sirkis, do
PV do Rio de Janeiro, aprovado, na semana passada, na Comissão de
Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara dos Deputados.
A ideia da proposta é dar a essas
empresas um fôlego inicial quando ainda não conquistaram clientes e não se
consolidaram no mercado, explicou o relator, Guilherme Campos, do PSD de São
Paulo, que também é presidente da Frente Parlamentar das Micro e Pequenas
Empresas. Porém, o deputado ressaltou que a aprovação da proposta na próxima
comissão, a de Finanças e Tributação, não está assegurada.
"Como ela implica em uma
renúncia de receita fiscal, quando for analisada na Comissão de Finanças e
Tributação, o relator, em concordância com o autor, terá de achar a fonte de
compensação para esta isenção. Se não for provisionado, se não for indicado
de onde virá esta compensação, o projeto será rejeitado por inadequação
orçamentária e financeira", explicou Campos.
A rejeição por inadequação
orçamentária está previstas em normas como a Lei de Responsabilidade Fiscal
(LRF, Lei Complementar 101 de 2000) e a Lei de Diretrizes Orçamentárias
(LDO).
Segundo Alfredo Sirkis, de acordo com
o Sebrae, as micro e pequenas empresas são responsáveis por mais da metade
dos empregos com carteira assinada do País. Mas, de cada 100 empreendimentos
criados, 73 sobrevivem aos primeiros dois anos. Ao apresentar a proposta, o
deputado avaliou que é justamente o excesso de carga tributária um dos
motivos que atrapalham a sobrevivência dos empreendimentos.
Para José Matias Pereira, professor
de administração pública da Universidade de Brasília, o sucesso na tramitação
da proposta vai depender da análise que o governo terá que fazer sobre o
impacto fiscal da medida. Ele lembrou que a isenção de tributos federais gera
um processo em cadeia, o que afeta a arrecadação.
"Mas, de qualquer forma,
calculado esse impacto e o governo encampando a ideia apresentada pelo
deputado, me parece que é algo relevante", disse.
O projeto de lei que isenta de Imposto de Renda, IPI, CSLL, Cofins e PIS-Pasep, nos quatro primeiros anos de atividade, as micro e pequenas empresas incluídas no Simples Nacional ficará sob responsabilidade do deputado José Stédile, do PSB do Rio Grande do Sul, na Comissão de Finanças e Tributação para apresentação do novo parecer.
A proposta de Sirkis não está no
texto da nova revisão da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, que já foi
aprovada pela Câmara e deverá ser votada pelo Senado no esforço concentrado
previsto para os primeiros dias de julho.
Como principais novidades, o texto
prevê o ingresso das micro e pequenas empresas do setor de serviço no regime
tributário simplificado e reduzido do Super Simples e a redução de alíquotas
cobradas do segmento para pagamento do ICMS.
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Fonte: DCI – SP
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