Caixa vai prestar
contas sobre FGTS a cada 4 meses
Além disso,
o banco terá que prestar contas sobre as aplicações realizadas a cada quatro
meses para o Ministério das Cidades e para o conselho curador do FGTS.
Edna Simão
A Caixa
Econômica Federal terá que dar prioridade aos projetos de melhoria do transporte
coletivo - como metrô, corredores exclusivos de ônibus e aquisição de veículos
para passageiros - ao investir os recursos do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS) na compra de cotas de fundos de investimentos imobiliários, de
direitos creditórios, debêntures e Certificados de Recebíveis Imobiliários
(CRIs) com lastro em operações de infraestrutura urbana.
Além disso,
o banco terá que prestar contas sobre as aplicações realizadas a cada quatro
meses para o Ministério das Cidades e para o conselho curador do FGTS. Essa
modalidade de investimento conta com um orçamento de R$ 3 bilhões do fundo, dos
quais já foram investidos cerca de R$ 400 milhões em projetos de via urbana de
escoamento e transporte sobre trilhos, segundo informações do banco federal.
Nesta
semana, o Ministério das Cidades divulgou uma instrução normativa para
regulamentar a aplicação dos recursos do FGTS em instrumentos do mercado
financeiro para impulsionar investimentos em transporte urbano. Na instrução
normativa, o ministério deixa claro que o foco desse tipo de operação deverá
ser a implantação, ampliação, recuperação, modernização e aquisição de veículos
para o sistema de transporte público coletivo.
"É um
apoio ao transporte coletivo em detrimento ao individual", afirmou o chefe
de gabinete da Secretaria Nacional de Transporte e Mobilidade Urbana do
Ministério das Cidades, Ricardo Caiado de Alvarenga. As operações podem ser
direcionadas para construção de obras como novas vias, o que inclui
metroferrovias, hidrovias e ciclovias; estacionamentos, acessos, terminais,
pontos de embarque para passageiros e obras de acessibilidade.
Segundo o
chefe de gabinete, a alteração das regras possibilita um direcionamento dos
recursos do trabalhador para empreendimentos previstos em políticas públicas
dos governos federal, estadual e municipal, o que antes não era levado em
conta. Por isso, as propostas dos interessados deverão atender ao Plano Diretor
Municipal e ao Plano de Mobilidade Urbana ou equivalentes.
A Caixa, que
é responsável pela seleção dos projetos e compra de cotas dos fundos, deverá
ainda prestar contas sobre o investimento feito ao Ministério das Cidades e ao
conselho curador do FGTS. Os relatórios deverão ser apresentados
quadrimestralmente. Após a conclusão do empreendimento, o banco terá que
apresentar para cada operação um relatório final com os resultados obtidos. A
instrução normativa estabelece ainda que o ministério terá que elaborar
anualmente uma proposta orçamentária para execução de operações de aquisição de
instrumentos de mercado.
Alvarenga
explicou que a instrução normativa, assim como as já publicadas para
regulamentar os investimentos em instrumentos de mercado para habitação e
saneamento básico, tem como objetivo atender recomendação da Controladoria
Geral da União (CGU). Em abril, o Valor divulgou o relatório da controladoria
que apontava que a liberação de cerca de R$ 3 bilhões para incorporadoras
imobiliárias pelo FGTS pode ter sido alvo de um esquema irregular, que teria
beneficiado funcionários da Caixa e conselheiros do fundo. A auditoria da CGU
encontrou uma "situação de conflito de interesses públicos e
privados". Após a divulgação do relatório, o Ministério do Trabalho abriu
uma investigação para apurar a suspeita de irregularidade.
Fonte: Valor
Econômico
As matérias
aqui apresentadas são retiradas da fonte acima citada, cabendo à ela o crédito
pela mesma
Nenhum comentário:
Postar um comentário