Os próximos passos do
SPED
Mesmo com as
inúmeras dificuldades de adaptação do empreendedorismo brasileiro, Sistema
Público de Escrituração Digital - SPED introduzirá novos braços nos próximos
meses
Nota Fiscal
Eletrônica, Escrituração Contábil Digital, Escrituração Fiscal Digital,
Escrituração Fiscal Digital Contribuições. Aos poucos, os braços do SPED se
multiplicam, transformam a rotina das empresas nacionais e dão o tom da nova
realidade fiscal brasileira.
Em março próximo um grande passo novo será dado com a primeira entrega da
EFD Contribuições - de fatos
geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2013 -,
pelas empresas do Lucro Presumido, que somam cerca de 1,5 milhão de
empreendimentos no País.
Considerada
a etapa mais abrangente e complexa do SPED implantada até o momento, a nova
obrigação tem causado dúvidas e sido motivo de preocupação aos contribuintes.
Para o
presidente do SESCON-SP, Sérgio Approbato Machado Júnior, a entrada deste
grande contingente de empresas na sistemática será um teste para se constatar
como vai a adaptação do empreendedorismo às novas exigências fiscais. Segundo
ele, em virtude da enorme transformação no dia a dia das organizações, o
governo deveria ter feito uma campanha maciça de divulgação, em âmbito
nacional, sobre os impactos do SPED no empreendedorismo nacional. "O
Brasil é um país continental, com empresas de todos os portes e
especificidades, e muitas delas não estão preparadas para esta nova realidade fiscal",
explica o líder setorial.
Mas o SPED não para por aí. Outros braços do sistema estão
sendo desenvolvidos para implantação em um futuro próximo, como a Escrituração
Fiscal Digital IRPJ, novo nome do chamado e-Lalur, cuja primeira entrega está prevista
para 2014; o SPED Social, que deve entrar em vigor em agosto deste ano e reunir informações da folha de pagamento e das
obrigações trabalhistas, previdenciárias e fiscais; e um novo bloco da EFD
Contribuições destinada a instituições financeiras, para meados de 2013.
"A
maioria das empresas brasileiras tem grande dificuldade em dar respostas a
estes produtos exigidos gradualmente pelo governo, a legislação é complexa e a
adequação dos sistemas de gestão às constantes mudanças é difícil e cara",
diz Approbato Machado Jr., afirmando que, ao lado da já citada campanha de
divulgação, é também fundamental a abertura de linhas de financiamento para que
os empreendimentos invistam fortemente em sistemas de gestão.
"O
governo vem transferindo o papel de fiscalização para o próprio contribuinte,
por isso nada mais justo que ele dê condições para que este trabalho seja feito
da melhor forma possível", argumenta o líder setorial.
Por fim, o empresário contábil
ressalta que o SESCON-SP continuará
cobrando a promessa feita pelo governo no início da implantação do SPED, de redução do número
de obrigações acessórias. "A
cada dia surgem novas exigências, atreladas a pesadas multas, e voltamos a afirmar a
necessidade de simplificação e racionalização dos sistemas fiscal e tributário
brasileiro", finaliza.
Fonte:
Revista Incorporativa
As matérias
aqui apresentadas são retiradas da fonte acima citada, cabendo à ela o crédito
pela mesma.
CNT-CONTADORES
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