Senado aprova MP que
desonera folha de pagamentos
O Plenário
do Senado aprovou nesta quarta-feira (27) o Projeto de Lei de Conversão 1/2013,
originário das alterações feitas na Câmara dos Deputados à Medida Provisória
(MP) 582/12. A matéria, que segue para sanção presidencial, amplia a
desoneração da folha de pagamentos para diversos setores, tributando a receita bruta em substituição às
contribuições para a Previdência. A MP também concede outros
benefícios para estímulo da economia, que totalizam uma renúncia fiscal de R$
16,48 bilhões entre 2013 e 2017.
Entre os
setores beneficiados pela medida provisória, poderão pagar alíquota de 2% sobre a receita, até 31 de dezembro de 2014, as
empresas de
transporte rodoviário coletivo de passageiros; de transporte ferroviário e
metroviário de passageiros; de prestação de serviços de infraestrutura
aeroportuária; de engenharia e de arquitetura; as que prestam serviços de
manutenção de veículos e equipamentos militares e aeroespaciais; e as de
serviços hospitalares.
Com alíquota
de 1%,
serão beneficiadas as transportadoras rodoviárias de cargas; de táxi aéreo;
empresas jornalísticas e de radiodifusão (exceto cooperativas); e as que
recuperam resíduos sólidos para reciclagem, além de castanha e suco de caju,
melões e melancias, fogos de artifício, livros e jornais, absorventes
higiênicos, armas e munições.
O relator da
medida provisória, senador Francisco Dornelles (PP-RJ), salientou a importância
da redução do custo Brasil com vista a um crescimento econômico sustentado,
sendo acompanhado pelos senadores Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), Casildo
Maldaner (PMDB-SC), José Agripino (DEM-RN), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM),
Romero Jucá (PMDB-RR), Eduardo Suplicy (PT-SP), Armando Monteiro (PTB-PE),
Eduardo Lopes (PRB-RJ), Gim Argello (PTB-DF), Eduardo Braga (PMDB-AM) e Inácio
Arruda (PCdoB-CE).
No entanto,
Aécio Neves (PSDB-MG) reclamou do "vício" do governo de permitir que
uma só MP trate de questões distintas, e temeu a fragilização de estados e
municípios com a perda de arrecadação decorrente da medida. José Pimentel (PT-CE)
respondeu a Aécio que o Ministério da Fazenda não avalizou as emendas do Poder
Legislativo que ampliaram a desoneração tributária da MP e que o governo está
discutindo a melhor forma de não permitir que a norma prejudique as contas
estaduais e municipais.
Com
informações da Agência Câmara
Fonte:
Agência Senado
Associação
Paulista de Estudos Tributários, 28/2/2013
11:30:15
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