Governo quer criar site para unificar
registro de empresas
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Objetivo é que, no portal,
interessado em abrir negócio obtenha a permissão e a licença de funcionamento.
Ministro quer site no ar em um ano a
fim de reduzir burocracia, com foco no micro e no pequeno empreendedor.
RENATO ANDRADE
SECRETÁRIO DE REDAÇÃO DA SUCURSAL DE BRASÍLIA NATUZA NERY DE BRASÍLIA
O governo quer unificar o registro de
empresas no país e acabar com as inscrições estaduais e municipais que são
exigidas de todo interessado em abrir um negócio.
A ideia faz parte do pacote de
medidas elaborado pela Secretaria da Micro e Pequena Empresa, com o objetivo
de reduzir a burocracia e melhorar o ambiente de negócios no Brasil.
Guilherme Afif Domingos, que comanda
o 39º e mais recente ministério do governo Dilma Rousseff, disse à Folha que
pretende colocar em funcionamento, um ano, um portal na internet que irá
oferecer serviços e informações às empresas.
De forma a reduzir o tempo gasto para
abrir um negócio, o ministro pretende concentrar nesse portal todo o processo
de registro e legalização das empresas.
Pela internet, o empreendedor poderá
solicitar a abertura do negócio, obter a permissão da prefeitura, o registro
na Junta Comercial, a inscrição no CNPJ e licenças de funcionamento. A
proposta já foi apresentada a Dilma.
Para que tudo isso ocorra, o governo
federal terá que interligar os sistemas das juntas comerciais e da Receita
Federal, além de municípios e órgãos estaduais de licenciamento de
atividades, como bombeiros, vigilância sanitária e ambiente.
A medida valerá para empresas de
qualquer porte, mas o foco principal da equipe de Afif é reduzir o peso da
burocracia sobre os micro e pequenos empreendimentos.
O desenvolvimento do portal começou a
ser discutido na semana passada com o Serpro (Serviço Federal de
Processamento de Dados), empresa ligada ao Ministério da Fazenda. A montagem
do portal deve consumir oito meses e R$ 20 milhões.
"O grosso das pequenas e médias
empresas estará atendido aqui e o Brasil conseguirá ficar entre os 30 países
com bons ambientes para negócios", disse Afif.
O Brasil ocupa atualmente a 130ª
posição entre os 185 países do ranking do Banco Mundial sobre condições de
negócios pelo mundo.
ENTRAVES
Além das dificuldades naturais de
fazer esse tipo de interligação de sistemas, o histórico do governo federal
em tirar do papel seus projetos é outro fator que joga contra o cronograma do
ministro.
O pacote de R$ 133 bilhões em
concessões de rodovias e ferrovias, lançado em agosto de 2012 como prioridade
do Executivo, não andou no prazo estimado. Pelo cronograma inicial, os
contratos dos empreendimentos que seriam repassados à iniciativa privada
deveriam estar assinados em setembro deste ano. Nenhum trecho foi licitado
até agora.
O marco regulatório para o setor de
mineração levou cinco anos apenas para ser encaminhado ao Congresso. Não há
data prevista para a aprovação das novas regras.
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Fenacon.
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