Confaz rebate crítica
do Sebrae à regulamentação do ICMS no comércio eletrônico
28 jan 2016 - ICMS, IPI, ISS e Outros
Os Estados saíram nesta quarta-feira,
27, em defesa da regulamentação da cobrança do Imposto sobre a Circulação de
Mercadorias e Serviços (ICMS) para o comércio eletrônico. A coordenação dos
secretários de Fazenda dos Estados no Conselho Nacional de Política Fazendária
(Confaz) divulgou nota para defender as normas de implementação da medida, que
estão sendo questionadas pela Ordem de Advogados do Brasil (OAB) e pelo
presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
(Sebrae), Guilherme Afif Domingos.
Na nota, o Confaz afirma que a
mudança é uma medida de redução de desigualdades e de desequilíbrio tributário
entre os Estados, aguardada há mais de uma década pela maioria das unidades da
federação. Assinada pelo coordenador dos secretários de Fazenda, André Horta,
do Rio Grande do Norte, a nota é uma resposta à decisão da OAB e da
Confederação Nacional do Comércio (CNC) de ingressar, na próxima sexta-feira,
29, no Supremo Tribunal Federal (STF), com uma Ação Direta de
Inconstitucionalidade (Adin) pedindo suspensão do artigo de uma decisão do
Confaz que trata da regulamentação da medida para as empresas que pagam os
impostos pelo Simples Nacional.
As mudanças na cobrança do ICMS nas
operações feitas pela internet entraram em vigor em primeiro de janeiro deste
ano. Pela novas regras, o ICMS passa a ser dividido entre os Estados vendedores
e os de destino, onde efetivamente o produto é consumido. Até agora nada era
recolhido ao Estado de destino.
O coordenador dos secretários na nota
afirma que o Confaz editou e vem editando normas de implementação das mudanças
que privilegiam uma "gradualidade" de transição baseada na
desburocratização. Segundo o Confaz, as regras não permitem a excepcionalidade
para as empresas do Simples.
Na Adin, a OAB a CNC alegam que a
regulamentação ignora a lei que estabelece que as micro e pequenas empresas têm
direito a cobrança de tributação unificada, em uma única guia. Os secretários
alegam, no entanto, que têm o comprometimento de zelar pela emenda
constitucional que promoveu a mudança nas regras do comércio eletrônico.
Fonte: Jornal de Brasília
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