Projeto que altera o Simples Nacional tramita na Câmara
Frente
Parlamentar protocola projeto elaborado juntamente com o Sebrae
Agência
Sebrae de NotíciasTweet
A Lei Geral
da Micro e Pequena Empresa poderá passar por novas alterações. O presidente
da Frente Parlamentar Mista da Micro e Pequena Empresa, deputado Pedro Eugênio
(PT/PE), protocolou nesta quarta-feira (19), na Câmara dos Deputados, o Projeto
de Lei Complementar nº 237/12. Entre os novos benefícios propostos está a inclusão do setor
de serviços no Simples Nacional, regime simplificado de tributação.
O presidente
do Sebrae, Luiz Barretto, afirma que a nova proposta irá aumentar o número de
empresas que poderão usufruir de um sistema tributário unificado e,
consequentemente, passarão a ter uma contribuição mais simples e rápida. “Com a
inclusão de todo o setor de serviços no Supersimples, o único critério que
passa a existir para as empresas optarem por esse sistema é o de faturamento. Não importa mais a
natureza da atividade. Esse é um grande avanço do novo projeto”,
explica. Atualmente, podem se inscrever no Simples empresas com faturamento de
até R$ 3,6 milhões por ano.
Para
Barretto, os donos dos pequenos negócios precisam cada vez mais ter agilidade e
facilidade na gestão das suas empresas. “Temos que diminuir a burocracia,
acabar com as dificuldades. O Simples é uma grande ferramenta na redução de
custos e tempo. A ampliação dos setores que podem participar desse sistema
ajuda a alcançar esses objetivos”.
Também estão
sendo propostas novas regras para o ICMS. De acordo com o PL, os bens e
serviços adquiridos, tomados, produzidos, revendidos ou prestados pela micro e
pequena empresa no Simples Nacional não estarão sujeitos ao regime de
substituição tributária ou ao regime de antecipação do recolhimento do imposto
com encerramento de tributação. Exceto em relação a combustíveis, cigarros,
águas, refrigerantes e cervejas.“Essa iniciativa pode ser uma das soluções para
diminuir as despesas dos micro e pequenos empreendimentos”, afirma o presidente
Luiz Barretto.
Caso seja
aprovada pelo Congresso Nacional, essa será a quinta revisão da Lei Geral da
Micro e Pequena Empresa, aprovada em 2006. Além da inclusão de novas categorias
no Simples e do fim da substituição tributária, o projeto ainda prevê a redução
de custos para abertura de cadastros e o estímulo às exportações e às compras
governamentais.
Os
microempreendedores individuais (MEI) também são foco de melhorias na
legislação. Entre elas, estão previstas a vedação de cobrança de taxas
indevidas, o aumento do teto no que se refere às exportações, a redução nos
custos de abertura e funcionamento, as restrições à imposição de serviços
privados, o cancelamento de inscrição do MEI, a emissão de alvarás de
funcionamento provisório em áreas sem habite-se, a classificação de imóvel e a
vedação à mudança de imóvel residencial em comercial.
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