Dicas para o
profissional liberal pagar menos impostos
Lucro real, lucro presumido ou Simples nacional, qual é a melhor opção?
Vanildo Veras, 29 de janeiro de 2014
Administrar uma empresa, seja
qual for o seu tamanho ou estrutura, não é das tarefas mais simples. Além da
busca de clientes sempre e das decisões cotidianas, o profissional precisa
estar atualizado das questões de tributação financeira. Para quem quer
regularizar a sua empresa, ou seja, estar dentro da lei com o governo e
consequentemente pagar menos impostos, segue abaixo algumas dicas:
1. Contrate uma consultoria
contábil para auxiliar desde a abertura da sua empresa, mas atente-se aos seus
serviços, não apenas aos valores. Preço é importante, mas não adianta pagar um
preço baixo e não ter segurança. Para não cair em armadilhas, solicite
indicações de conhecidos e avalie as reais condições da consultoria.
Uma dica que costumo dar é sempre
que possível procurar tratar estes assuntos pessoalmente, de preferência na
sede da empresa. Além de ser uma forma de expor melhor os seus objetivos
enquanto contratante, também é uma maneira de ver o atendimento e como a
empresa se relaciona com seus clientes.
2. Ao contratar a abertura da
empresa, não se esqueça de incluir a análise da opção tributária (Lucro Real,
Lucro Presumido ou Simples). Esta opção valerá para o ano todo e
determinará o quanto de impostos a sua empresa pagará. Invista um pequeno tempo
para debater o assunto, pois certamente terá um ganho quando fizer a escolha
certa.
3. Não aceite arranjos que possam
causar transtornos no futuro, como por exemplo, abrir uma empresa com atividade
diferente do que de fato você faz para optar pelo lucro simples. Isso poderá
lhe render uma grande dor de cabeça e prejuízo financeiro no futuro.
4. Quando a atividade exercida
for impeditiva de opção pelo regime do simples, é provável que a opção seja o
Lucro Presumido. Deve-se considerar que estamos tratando de uma atividade que
normalmente tem uma margem de lucro alta, pois a maior parte dos profissionais
liberais não necessita de estrutura física, e sua cadeia de despesas está muito
relacionada ao seu esforço na realização do serviço que ele mesmo realiza.
5. Exija da sua consultoria
contábil a entrega do balancete mensal. Este detalhe faz toda a diferença, pois
além de ser um registro obrigatório para toda e qualquer empresa, será através
dele que serão validados os resultados contábeis e as destinações.
6. Não confunda o dinheiro da
empresa com o dinheiro da sua carteira. É preciso saber separar!
7. Estabeleça a sua remuneração
de forma criteriosa. Lembre-se que você deve manter um pró-labore (remuneração
pelo trabalho do sócio), que será a base para o pagamento da contribuição
providenciaria (11% descontado do sócio). Além disso, a empresa terá o encargo
de 20% de INSS e fará o desconto do imposto de renda pessoa física (sócio)
quando o pró-labore for superior a R$ 1.787,77 (de acordo com a atual tabela
vigente).
8. Para obter o melhor resultado
(pagar menos imposto dentro da lei), faça a distribuição de lucros, mas
atente-se para fazer com base no resultado apurado na escrituração
(balancete/balanço). Dessa forma, será possível a realização das transferências
dos valores apurados para sua conta corrente (pessoa física) sem o pagamento de
impostos, pois a distribuição de lucro é um rendimento isento e não tributável.
9. Uma forma de ganhar um prazo
maior para pagar os impostos federais é optar pelo reconhecimento das receitas
através do regime de caixa. Este se dá somente quando recebe-se pelos serviços
prestados e não pela emissão da nota fiscal.
10. Solicite periodicamente o
controle das certidões e também da situação fiscal da sua empresa. Com o
certificado digital é possível ter acesso de forma prática. A empresa
contratada poderá atender este requisito de forma mais pontual.
11. Ao final de cada ano,
solicite uma análise comparativa da tributação paga por sua empresa em relação
às opções permitidas, desta forma você terá informações para, se for o caso,
mudar no tempo certo. Solicite também a confirmação da entrega de todas as
obrigações da sua empresa, evitando-se o risco de prejuízos e problemas no
futuro.
Seguindo essas dicas, com
certeza, a sua empresa crescerá e você poderá ficar tranquilo em relação a suas
obrigações fiscais com o governo. Pense nisso!
*Por Vanildo Veras, diretor de
Inteligência Fiscal da Datanil – empresa especializada em consultoria contábil,
tributária e trabalhista.
Fonte: Portal
Administradores- Fenacon