Alterações fiscais previstas para 2012 impactam rotina das empresas
O
executivo avalia que o desempenho do mercado tributário em 2011 foi positivo,
mas extremamente corrido e cheio de mudanças.
O mercado tributário brasileiro deve
repetir este ano o mesmo comportamento registrado no exercício 2011, ou seja,
aumento no volume de obrigações a serem declaradas e muitas alterações que irão
impactar o cumprimento das exigências por parte das empresas.
A avaliação é de Reinaldo Mendes
Júnior, presidente da Easy-Way do Brasil, especializada em soluções
tributárias. Segundo ele, as principais alterações que devem impactar o mercado
neste ano são as entradas do e-Contribuições e do e-PIS COFINS, que já geraram
mudanças significativas e, agora, irá englobar outras contribuições, como o
FGTS e o INSS.
O executivo avalia que o
desempenho do mercado tributário em 2011 foi positivo, mas extremamente corrido
e cheio de mudanças. As empresas tiveram que agilizar processos para cumprir as
novas obrigações no prazo estipulado.
“Considero que o ano foi muito bom,
embora bastante tumultuado. Acredito que, em 2012, essa agitação ocorra
novamente, mas não tão intensa, pois já estamos mais adaptados”, diz.
Em relação ao SPED (Sistema
Público de Escrituração Digital), que tem como principal objetivo unificar as
obrigações para melhorar as entregas, o Mendes diz que, na prática, surgiram
também novos quesitos, tornando o processo mais completo.
“Apesar de já estar em andamento, vale
destacar que o projeto ainda esta no início, amadurecendo e sendo absorvido
pelo mercado”, observa.
As alterações relevantes estão
nas novas contribuições, como o INSS e o FGTS. Mendes explica que essa mudança
tem gerado impacto na rotina das empresas.
“Nós temos participado de
reuniões de âmbito federal sobre o SPED Fiscal e o SPED Contábil, e a Receita
também tem se reunido com as empresas para analisar as implementações”,
argumenta.
Para o executivo, o ideal seria
que as mudanças nas obrigações fossem em menor quantidade, pois há uma
concentração alta de informações a serem absorvidas pelas companhias em pouco
tempo.
“Acredito que algumas melhorias devem
ser implementadas e podem ser disponibilizadas no validador da Receita, visto
que toda a situação do SPED passa por ele antes de ser transmitida. Porém, às
vezes, tem gerado dúvidas e, normalmente, isso tem ocorrido de última hora”,
afirma.
Em termos de tendências do
mercado tributário para os próximos anos, o executivo diz que há grande
expectativa. Com a aderência cada vez maior do número de contribuintes, a
Receita Federal poderá efetivamente partir para uma redução fiscal que
diminuiria a quantidade de tributos, impostos, taxas e principalmente
reduziria as alíquotas.
“Esse movimento seria positivo, pois a
Receita manteria a sua arrecadação, devido ao número maior de contribuintes que
passariam a pagar corretamente os impostos”, conclui.
Fonte: TI Gestão Fiscal/Contabilidade
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