Câmara aprova MP que amplia desoneração da folha de pagamento
Diversos setores ficarão isentos da contribuição
previdenciária patronal de 20% sobre os salários dos empregados.
O Plenário aprovou nesta terça-feira a Medida Provisória 601/12, que
estende os benefícios fiscais da desoneração da folha de pagamento aos setores
da construção civil, do comércio varejista, de serviços navais e de outros
produtos e áreas incluídas no relatório da comissão mista. A matéria
precisa ser votada pelo Senado até o próximo dia 3 de junho, quando perde a
vigência.
A desoneração da folha isenta as empresas de pagarem a contribuição
previdenciária patronal de 20% sobre os salários dos empregados. Essas empresas
passarão a pagar alíquotas de 1% a 2%, conforme o caso, sobre a receita bruta.
Entre os setores contemplados pelo relator, senador Armando Monteiro
(PTB-PE), com alíquota de 1% sobre a receita bruta, está as empresas de táxi-aéreo (passageiros e cargas), de transporte
rodoviário e ferroviário de cargas, empresas jornalísticas (inclusive TV e
Rádio), comércio varejista de artigos de óptica e farmácias de manipulação de
fórmulas homeopáticas.
As novas regras são válidas até 31 de dezembro de 2014 e dão
continuidade à meta do governo de redução de custos e de valorização da
indústria nacional, que teve início com as MPs 540/11, 563/12 e 582/12.
Construção civil
As empresas de construção civil poderão pagar alíquota de 2% sobre a
receita bruta conseguida com obras registradas no INSS a partir de 1º de abril
de 2013. Obras anteriores continuarão a pagar a contribuição patronal sobre o
pessoal que nelas trabalhar.
Além desse setor, estão enquadrados na alíquota de 2% o transporte rodoviário coletivo de passageiros por
fretamento, o transporte ferroviário e metroviário de passageiros, as empresas
de serviços de engenharia e de projetos aeroespaciais, empresas de arquitetura
e engenharia, de vigilância e segurança privada, de publicidade e comunicação e
de promoção de vendas e marketing direto.
Alguns produtos, entretanto, são retirados da nova sistemática, como é o
caso dos isotônicos, preparações de peixes, e barras e tubos de cobre e seus
acessórios.
A estimativa inicial do governo de renúncia fiscal para os setores
contemplados no texto original, para 2013, é de R$ 2,8 bilhões para a
construção civil e de R$ 1,9 bilhão para o comércio varejista em geral.
Para acelerar as votações, o governo fez acordos com partidos da
oposição e da própria base para aprovar emendas e destaques que suprimiram
partes do texto. O líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP),
ressaltou, no entanto, que não há compromisso do Executivo com a sanção de
todos os pontos.
O único partido que se colocou contra a MP 601 foi o Psol. Segundo o
líder do partido, deputado Ivan Valente (SP), o Psol é contra a desoneração da
folha de pagamento por entender que a medida retira dinheiro da Previdência
para sustentar “setores monopolistas.
Fonte: Agência Câmara
CNT-Contadores
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