Conheça os caminhos da
Receita para pegar quem tenta burlar o IR
Os erros
mais comuns que fazem a declaração ficar retida acontece na informação de bens
e nas deduções
Tabata Pitol
A cada ano,
a Receita Federal aprimora seus processos para identificar inconsistências nas
declarações dos contribuintes. Os cruzamentos de informações efetuados pelo
fisco têm tal grau de refinamento que pequenos erros no preenchimento da
declaração podem levar à malha fina. De acordo com o consultor tributário e
sócio da Crowe Horwath Brasil, Leandro Cossalter, os erros mais comuns se dão
na informação de bens e das deduções. “Muitas vezes o contribuinte, por falta
de informação, não sabe diferenciar os diversos tipos de investimentos
existentes hoje em dia, ou até mesmo se confunde com as siglas utilizadas pelas
instituições financeiras como, por exemplo: VGBL, BGBL, investimento em bolsa,
entre outros”, afirma.
Segundo ele,
o que a população não sabe é que o fisco tem informação sobre todos esses
investimentos através de declarações enviadas para a Secretaria da Receita
Federal pelas instituições financeiras, que informam por meio da Declaração de
Informações sobre Movimentações Financeiras, todas as movimentações efetuadas
por pessoa física superiores a R$ 5 mil por mês.
Outro
cruzamento comum – que leva muita gente à malha fina - é o de despesas médicas,
que são cruzadas com a Declaração de Serviços Médicos e de Saúde. Nesse caso, o
contribuinte tem de ter certeza sobre o que está informando na declaração, pois
o fisco terá a informação dos consultórios médicos para verificar a veracidade
da informação. Há ainda outros cruzamentos de dados feitos pela Receita. Entre
eles, o cruzamento com as despesas em que é registrado o CPF para obtenção da
nota fiscal eletrônica. “Esse é um risco comum quando a pessoa atribui a seu
CPF despesas de terceiros superiores ao seu rendimento. Além disso, há os
cruzamentos com as despesas com cartão de crédito, o cruzamento com informações
obtidas no cartório no caso da compra de imóveis e também o cruzamento com os
dados do DETRAN no caso de compra de veículos.”
O consultor
afirma que a melhor forma do contribuinte evitar a malha fina é ter bem
organizada a sua documentação. Ele alerta que a riqueza de cruzamento de dados
é cada vez maior e mais eficaz. “A prova disso é que a partir de 2014 as
declarações simplificadas do IRPF serão preenchidas pela própria Receita
Federal. O contribuinte fará apenas uma validação das informações.”
Fonte:
Infomoney
As matérias
aqui apresentadas são retiradas da fonte acima citada, cabendo à ela o crédito
pela mesma.
CNT-CONTADORES
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