Governo estuda baixar PIS e
Cofins para baratear energia
O governo
volta a estudar a possibilidade de reduzir as alíquotas do Programa de
Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade
Social (Cofins), que incidem sobre a tarifa de energia elétrica. Segundo apurou
o BRASIL ECONÔMICO, essa seria uma saída para chegar à redução média de 20,2%
na conta de luz já em 2013, suprindo as diferenças das empresas que não
quiseram aderir ao novo contrato de concessão.
“Reduzir o
preço da energia é uma decisão da qual o governo federal não recuará apesar de
lamentar profundamente a imensa insensibilidade daqueles que não percebem a
importância disso”, disse a presidente Dilma Rousseff a uma plateia de
empresários durante o 7º Encontro Nacional da Indústria. A recusa de Cesp (São
Paulo), Cemig (Minas Gerais) e Copel (Paraná) de integrarem o plano de
renovação antecipada dos contratos fez com que o governo revisse para 16,7% a
queda média no preço da conta de
luz no ano
que vem.
Segundo Dilma,
a decisão que está tomada vai onerar bastante o governo federal. “E quando
perguntarem para onde vão os recursos orçamentários, uma parte irá para suprir
a indústria e a população brasileira naquilo que outros não tiveram a
sensibilidade de fazer”, criticou. Durante a elaboração do conjunto de medidas
para a redução dos custos de energia, a equipe econômica começou os estudos
sobre a desoneração de PIS/Cofins — cujas alíquotas somam 9,25% — , mas, no
final, a projeção de barateamento foi obtida sem a necessidade dessa mudança.
Para a
presidente, o preço da energia é algo fundamental para o Brasil, sendo tão
importante para melhorar a competitividade do país quanto a redução da taxa de
juros e melhora da taxa câmbio (desvalorização do real frente ao dólar), além
de melhoria das condições de investimento, da estabilidade e respeito aos
contratos.
A alteração
dos dois tributos federais, à época, ficou truncada na seara política. Nada
menos porque o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS),
principal fonte de receita estadual, é cobrado sobre a conta fechada, ou seja,
só depois da incidência dos tributos e encargos federais. Assim, com a revisão
para o que é da esfera federal, automaticamente, os estados perdem arrecadação.
Esse é um
problema de bitributação que já vem de longos anos e que o governo tentava
resolver, pedindo um amplo engajamento dos estados. No entanto, agora a equipe
econômica busca outro caminho para tentar chegar a uma fórmula para viabilizar
a redução.
Simone
Cavalcanti
De Brasília
Fonte:
Brasil Econômico
Associação
Paulista de Estudos Tributários, 6/12/201211:37:22
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