Obrigações terão que dar tratamento
às pequenas empresas
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Toda nova obrigação a ser criada
para as empresas deve prever um tratamento diferenciado para as micro e
pequenas sob pena de se tornar inexigível.
Será reforçada também a exigência de fiscalização na primeira visita sob pena de anulação das autuações.
Essas são duas grandes mudanças
previstas na proposta de revisão da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa
aprovada ontem por unanimidade em comissão especial criada na Câmara dos
Deputados para debater a matéria e formular uma proposta de projeto de lei
complementar.
A opinião é do ministro da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, que colaborou com a elaboração da proposta, assinada pelo relator da matéria, o deputado Cláudio Puty (PT-PA). "Essas são grandes mudanças que estão na proposta aprovada na Câmara", afirmou ao DCI o ministro da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos. O artigo que trata do tratamento diferenciado em favor dos pequenos negócios "estabelece que toda nova obrigação deve prever tratamento diferenciado às micro e pequenas empresas sob pena de ser inexigível frente àqueles". De acordo com o ministro, esse dispositivo "cria a obrigatoriedade de a pessoa pensar". Não só no Executivo. "Se votarem uma lei no Congresso sem prever o tratamento diferenciado, não valerá para a micro e pequena empresa", explicou Afif Domingos. Nulidade de atuações
O ministro Guilherme Afif Domingos
afirmou que já existe em vigor o princípio da dupla visita no caso de
fiscalização tributária. Por isso, o ministério fez uma consulta à Advocacia
Geral da União (AGU) sobre a nulidade de atuações feitas sem esse
procedimento orientador. "Nós, já fizemos uma consulta à AGU que está
estudando tornar nulas todas as autuações sem ter respeitado o princípio de
dupla visita".
Na avaliação do ministro, esse
artigo não vai impedir ações fiscalizadoras que resultem em prisões de
sonegadores responsáveis por fraudes.
Disse que a multa só poderá ser aplicada na segunda visita. "Já chegar autuando sem antes orientar não pode", recriminou. "O agente fiscal passa a ser o agente de orientação, com exceção do caso de fraude. É separado o que é crime e o que é administrativo. Essas são coisas que matam o micro e pequeno empresário no dia a dia". Para o ministro, essas questões relativas à desburocratização podem entrar em vigor imediatamente, logo após a aprovação da Lei Geral no Congresso, possivelmente no primeiro semestre de 2014. Questões fiscais, como o fim da substituição tributária, podem entrar em vigor apenas a partir de 2015. |
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Fonte: DCI – SP
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sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
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