Mais que calculadores de
impostos
Inovações tecnológicas não substituem o
trabalho de empresas contábeis
Fonte: DCI - Diário Comércio Indústria & ServiçosLink: http://www.dci.com.br/opiniao/mais-que-calculadores-de-impostos-id600024.html
Já se foi o tempo em que os
empresários contábeis eram considerados simples calculadores de impostos. Modernamente
falando, assumimos a função de assessorar nossos clientes não só em questões
contábeis, mas também em gestão financeira e tributária, planejando
investimentos e indicando o caminho para o crescimento sustentável.
Afinal, somos nós que detemos todas
as informações, a vida da empresa. Especializados também em auditoria fiscal,
contribuímos para a legalidade de processos e temos ferramentas para antever
situações que prejudiquem o desenvolvimento de um ambiente de negócios mais
seguro.
Prezamos pela transparência e o
controle do uso de recursos em âmbito privado, mas também atuamos em parceria
com o poder público para otimizar procedimentos e gerar economia de capital.
Cada vez mais atentas às mudanças de
legislação e às movimentações do mercado, as empresas contábeis se destacam por
oferecer soluções completas.
A profissão segue em evolução, se faz
ainda mais importante em períodos como o atual, de crise econômica e política,
e, definitivamente, não corre risco de extinção. Essa é uma certeza da
categoria.
O assunto é recorrente e sempre vem à
tona em datas relevantes para o setor, como o Dia do Empresário Contábil,
comemorado em todos 12 de janeiro, entre outras. No ano passado, a Ernst &
Young reviveu o tema quando divulgou uma pesquisa que apontava as 10 profissões
que devem desaparecer até 2025 e incluía entre elas a de contador.
Logo em seguida, a consultoria
divulgou nota corrigindo a informação: houve uma imprecisão na tradução do
material. Na realidade, a atividade em cheque é a do elaborador de obrigações
fiscais.
Conforme explicou a Ernst &
Young, o "tax preparer", bastante comum nos Estados Unidos da
América, é responsável apenas pela apuração das informações tributárias dentro
da empresa e a inserção no sistema do Fisco, e, passará a ser cada vez menos
demandado, em razão da informatização de processos - bem diferente do que faz
um assessor contábil.
Por aqui, inclusive, os profissionais
contábeis compõem grupos de trabalho, em parceria com órgãos públicos e outras
entidades, para aperfeiçoar sistemas utilizados para o envio de informações ao
governo federal. A Fenacon, por exemplo, que representa mais de 400 mil
empresas do setor de Serviços, contribui constantemente para o desenvolvimento
do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) e do eSocial, plataformas que
prometem otimizar tempo no cumprimento de obrigações acessórias.
Além de, quando solicitada,
contribuir decisivamente para a implantação de novidades na área tributária -
que não são poucas no nosso país.
Acreditamos que diminuindo a
burocracia, é possível aumentar o tempo disponível para assessoramento,
perícias e, principalmente, para o planejamento dos negócios - atividades que,
pelo menos em um futuro próximo, não devem ser substituídas por soluções
tecnológicas.
Essas ações dependem de interpretação
crítica e criativa de dados, da busca por saídas individuais e eficazes para
cada caso, ou seja, da atuação direta de capital humano. Em constante
especialização, os empresários contábeis exercem função primordial no mercado.
Ou, como defende a própria Ernst
& Young, "a contabilidade segue como promissora carreira".
Mario Berti, Presidente da Fenacon
Fonte:CNT -Contadores
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