Comissão do Senado aprova fim de multa do
FGTS em demissão
Valor que
vai para o trabalhador, de 40% do saldo, não será modificado
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do
Senado aprovou ontem projeto que extingue para o empregador o pagamento de 10%
sobre o montante do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) nos casos de
demissões sem justa causa. A mudança não tem qualquer relação com a multa de
40% paga pelos patrões aos empregados nas demissões em justa causa, como
previsto pela legislação brasileira. No caso dos 10%, os recursos são
destinados ao fundo e não ao trabalhador.
O pagamento foi criado em 2001 para corrigir o
saldo do fundo, mas o projeto acaba com a cobrança com o argumento de que as
contas já foram sanadas - por isso não deve ser mantida.
Relator do projeto, o senador Romero Jucá (PMDB-RR)
disse que desde 2010 as contas do fundo estão equilibradas, motivo que
justifica a extinção da multa. "Era uma cobrança extra, provisória, tomada
por decisão judicial para fazer um reequilíbrio das contas do FGTS. Desde
então, esses valores excedem o fundo", afirmou.
O projeto prevê que o fim do pagamento passe a
vigorar no dia 1º de junho de 2013, quando Jucá calcula que o texto já terá concluído
sua tramitação na Câmara e no Senado. Com a aprovação na CCJ, o projeto segue
para análise do plenário do Senado em regime de urgência - depois vai para a
Câmara. Jucá disse que, em 2001, o pagamento "extra" ao FGTS foi
criado cumprindo decisões judiciais que obrigaram o fundo a ressarcir
empregados atingidos por antigos planos econômicos.
"As contribuições tiveram o expresso propósito
de resolver o descompasso causado entre a correção dos saldos das contas
individuais do FGTS determinada pelo Poder Judiciário em razão de planos
econômicos específicos e o patrimônio do Fundo", afirmou o senador.
Fonte: O
Tempo
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