Mantega promete ampliar redução de impostos da folha de pagamento na
indústria
Medida
deve se refletir no mercado de trabalho e acelerar as contratações no fim do
ano
Raphael Hakime
A folha
de pagamento dos empregados deverá ficar mais barata para mais setores da
indústria brasileira. A medida seria uma ampliação à desoneração feita
pelo governo em abril, que atingiu 15 setores da economia e tinha como foco
incentivar novas contratações. A promessa foi feita pelo ministro da Fazenda,
Guido Mantega, em São Paulo, nesta quarta-feira (4).
— Quanto
à desoneração da folha, nós vamos fazer. Qualquer setor interessado na
desoneração da folha deve entrar em contato conosco em condições cada vez
melhores. Portanto, procurem o Ministério da Fazenda porque vamos ampliar a
desoneração da folha. Estou aberto para a inclusão de novos setores na
desoneração, de modo que toda a indústria brasileira seja competitiva.
Mantega
participou de um seminário com empresários, promovido pelo Lide (Grupo de
Líderes Empresariais) e pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São
Paulo). A declaração foi uma resposta ao pedido do presidente da federação,
Paulo Skaf, que criticou a política tributária brasileira, não só quanto à
carga da folha de pagamento, mas também quanto ao prazo de recolhimento
dos impostos.
As
empresas pagam os impostos e vão receber do seu cliente somente 49 dias depois.
Chegamos a ter 120 dias para recolher o imposto. Então, as empresas compravam
matérias-primas, produziam e vendiam os produtos e depois pagava o imposto.
Alongar o prazo em uma semana não vai resolver, mas se fossem 60 dias, daria um
fôlego para recuperar a economia imediatamente no ano de 2012.
Em abril
deste ano, Mantega coordenou a desoneração da folha de pagamento e 15 setores
da economia para estimular a criação de empregos. São eles: têxtil, confecções,
couro e calçados, móveis, plásticos, material elétrico, autopeças, ônibus,
naval aéreo, BK mecânico, hotéis, TI e TIC, call center e design house (chips).
A medida entra em vigor em agosto.
A
contrapartida que os patrões pagam do INSS será zerada — antes era de 20%. Para
compensar a perda, os empresários pagarão uma alíquota que varia entre 1% e
2,5% sobre o faturamento. Essa nova alíquota não incide nas exportações (vendas
de produtos brasileiros para o exterior).
A
desoneração da folha de pagamento é um pedido antigo dos sindicalistas e do
empresariado para reduzir a crise da indústria, aumentar a competitividade das
empresas brasileiras e evitar demissões.
Os dados
de maio do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) mostraram que o
mercado de trabalho criou 139,6 mil vagas formais em maio — contra 252 mil
registrados no mesmo mês de 2011.
A taxa de
desemprego, por outro lado, recuou de 6% em abril para 5,8% em maio,
segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Fonte: R7 – Notícias
As matérias aqui apresentadas são retiradas da fonte acima citada,
cabendo à ela o crédito pela mesma.
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